Não fazer do impossível uma anedota
Não fazer do impossível uma anedota é um pequeno texto, fruto de uma apresentação realizada na XII Jornada do Fórum do Campo Lacaniano do Rio de Janeiro. Nele, a direção do tratamento é interrogada a partir da distinção entre o dito e o dizer, colocando em questão a tendência de transformar o impossível estrutural da clínica em narrativa explicativa ou garantia de sentido.
Em diálogo com a tradição filosófica e com a formalização lacaniana, especialmente a partir do estatuto lógico da inexistência, o texto propõe uma leitura do sintoma, do mais de gozar e do objeto a que desloca a clínica da busca por verdades sobre o ser. Trata se de sustentar, na prática analítica, o ponto em que o real fura o discurso, sem recobri-lo com anedotas, mesmo as mais belas.